Já a 2ª Guerra Mundial tinha acabado quando o Zé e a Maria começaram a namorar. Namoraram e pinaram até ao dia em que ela lhe disse que estava grávida.
O Zé ainda lhe prometeu casamento. Mas, logo que pôde, desapareceu e foi enricar em África.
A Maria pariu e registou a bebé como filha de pai incógnito.
Os anos passaram. Muitos. A Maria morreu em 1986 e o Zé em 2009, sem nunca mais se terem visto.
Só em 2011 a filha, entretanto com 62 anos de idade, resolveu tentar descobrir o seu progenitor, a partir da confidência de uma prima. E acertou em cheio.
Por meios judiciais, teve de lutar contra a má vontade dos outros herdeiros, que recorreram, sempre argumentando que ela era uma «caça-fortunas».
Só há dias, já em 2017, o Supremo Tribunal de Justiça reconheceu que investigar a paternidade não é um abuso de direito.
Os nomes são, obviamente, fictícios, mas a estória é verdadeira e mostra bem os dramas e os traumas que percorrem as vidas que compõem a nossa sociedade. Com invejas, matreirices e outras sacanices.