Na ordem-do-dia deste país à beira-mar plantado está o luto nacional provocado pelo incêndio de Pedrógão Grande.
Neste momento, a contabilidade dos mortos vai em 61, praticamente metade em carros que circulavam na estrada nacional 236.
O número vai de certeza aumentar. Pelo menos para 62, porque morreu também a culpa, uma solteirona que ainda não foi encontrada.
Deixemo-nos de rodeios: como no campo costumam chamar os bois pelos nomes, não haverá quem nos possa dizer como se chama a pessoa «responsável» que achou que não havia necessidade de cortar o trânsito naquela estrada, perante um incêndio que já ardia desde antes das 15 horas?!…
Pedrógão é grande, mas a competência que reina é muito pequena.
Numa análise macro, poderão vir dizer-nos que a floresta está mal ordenada, a trovoada foi grande, a ventania foi maior e a temperatura era africana.
Mas não foi isso que matou tanta gente numa estrada nacional que tinha uma das paisagens mais bonitas do panorama rodoviário tuga…
Chorem os mortos e praguejem o clima, mas perguntem: Quem é que estava a «dormir»?