Nas conversas de rua, notava-se ontem a chuva como assunto prioritário. Depois de um mês seco, chegou a rega de que as cebolas estavam a precisar, felizmente sem seguir à letra o provérbio que rima abril com águas mil.
O nobre inglês que foi o rei Eduardo VIII e Duque de Windsor, um dia, ao sair de um comboio, pegou distraidamente num guarda-chuva alheio.
O respetivo dono apressou-se a jogar-lhe a mão: «Ei! Isso tem dono!»
Ao fim do dia, tendo comprado 3 guarda-chuvas que viu numa loja, passou pelo tal compatriota que lhe exclamou ironicamente: «A colheita hoje foi boa, hein!…»
Há também a estória daquele pai que, chegado de Lisboa, trouxe um guarda-chuva para o filho adolescente.
«Devias ter-lhe oferecido um livro!» – criticou a mulher.
«Este ao menos eu sei que ele um dia vai abrir…» – esclareceu o homem.
Os guarda-chuvas, que hoje em dia compramos às vezes como se fossem para «usar e deitar fora» e até conseguimos encolher para uma dimensão outrora inimaginável, começaram por ser grandes e pesadões: consta que no séc. XVII pesavam mais de quilo e meio…
Cobertos com pele de animal ou tela encerada, tinham um cabo muito grande e eram robustos e… carotes. Passavam de pais para filhos…
Diz quem sabe que só chegaram a Portugal no séc. XVIII e rapidamente se tornaram moda.